TERRA DE BICH0
intérprete-criadora
A pesquisa Terra de Bich0 começa a nascer nas salas de laboratório do Projeto de Pesquisa Corpo Estranho, que integra o Departamento de Arte Corporal da UFRJ onde cursei dança, é coordenado pela Mestra Aline Teixeira, também minha orientadora. Através dos estímulos que serviram de gatilho para a pesquisa de Aline, pude começar a esboçar algumas questões e entrar em meus próprios referenciais de pesquisa.
Foi nascendo aos poucos um processo de descoberta dos meus interesses em termos de movimento, o quanto o aspecto renegado e subjulgado da animalidade dizia sobre mim em termos engrandecedores e diminutos, em termos simbólicos e sociais. Busquei referência em Stela do Patrocínio, no movimento do funk, na psicologia yunguiana com Barbara Black Koltuv e Clarissa Pinkola Éstes, Marcus Machado e sua Selvagem Dança do Corpo e, dentre outras que sigo encontrando, o tarot tem sido uma ferramenta-chave no desenvolvimento desta pesquisa. O tartot como gatilho dramatúrgico.
Terra de Bich0 teve 4 momentos até chegar ao atual. A primeira aparição foi na SiAc, evento interno da UFRJ. A segunda foi na Ocupação Ovárias, a terceira na Mostra Mais também da UFRJ e a quarta numa interface virtual, a cena ganhou o título de Clausura em Terra de Bich0, para o Festival Às Escuras organizada pelo Pandêmica Coletivo. Posso dizer assim que a pesquisa encerrou um ciclo para entrar em outro que se configura no momento atual, onde dentro da turma de Ficção no curso 'Empoderamento e cinema: jovens negras no audiovisual', estou desenvolvendo um roteiro fundamentado nela. A Força. Que será gravado ainda este ano como resultado da formação. Meu primeiro roteiro cujo projeto contará também com a minha interpretação e edição.
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COLETIVOCULTO
performer e membra permanente
Na costura oculta cujos fios são atados entre multi.artistas pretas y indígenas em articulação pelas encruzas cariocas, a coletiva de arte em magia ou egrégora, começa suas ativações espontâneas cerca de 6 anos atrás, no Rio de Janeiro, no contexto da extinta escola de arte e tecnologia Oi Kabum!. Envolvendo e desenvolvemos propostas a partir de encontros e vivências guiados por rituais coletivos e tecnologias holísticas, a coletiva une pessoas interessadas em assuntos-chave até então localizados nas tags rua, tecnologia, oráculo, altar, códigos, gambiologias e ritual, buscando expandir as margens desses temas por meio de uma leitura afropindorâmica referenciada e simbiótica.
Culto de Contato Oculto e Rito de Despachagem foram as performances ativadas, uma na edição de 2015 da mostra Pavão (ESDI) e a outra na ocasião da mentoria Africanizze conduzida por Candé Costa e Aza Njeri.
+desdobramentos (em breve)
BECOS
intérprete e assistente de direção
Junto de mais cinco poetas, iniciei em 2020 a construção do que viria a se tornar, devido as condições impostas pela pandemia, a áudio-peça Becos que conta com nossos textos e vozes na condução
e tem o Complexo da Maré como plano de fundo.
Online e dirigidos por Paul Heritage e Catherine Paskell, através de exercícios de escrita criativa e composição, montamos o texto das 4 partes em que é dividido este trabalho que está disponível em todas as plataforma de streaming sonoro.
No ano seguinte, Becos se tornou uma imersão poética que marcaria a inauguração do Galpão Rema na campanha sobre saúde mental realizada no território da Maré chamada Rema Maré. Na peça, os textos que construimos e demos voz no podcast tomaram o espaço cênico com música ao vivo e um cenário de convivência para aproximar o público.
Na ocasião, também assinei a assistência de direção do espetáculo trabalhando juntamente do diretor Paul Heritage e carimbei em stencil pelo espaço do Galpão a intervenção
Viva de Pequenas Modificações.
ANTES QUE TUDO ACABE
intérprete-criadora
Espetáculo dirigido por Renato Rocha que contava com elenco multidisciplinar de 9 intérpretes-criadores que constituiu a primeira formação do Núcleo de Artes Integradas do Rio (NAIR). Na ocasião, construímos durante dois meses o espetáculo Antes Que Tudo Acabe, um drama inspirado em histórias biográficas e ficcionais sobre a relação que cada um de nós desenvolve com
a própria casa.
Éramos nós: Carol Rocha, Luiza Moraes, Ingrid Castro, Daniel Brasil, Márcio Vito, Felipe Habib, Pierre Santos e Zé Mário Farias.
O espetáculo ficou em cartaz no teatro de arena do Sesc Copacabana e depois partimos para um intercâmbio e única apresentação no National Theatre of Scotland, integrando a programação do Festival Home Away, que reunia companhias e grupos do mundo todo com trabalhos cênicos que giravam em torno
da casa como tema.
cheia
Fui performer colaboradora nesta proposição da multi artista e também criadora do projeto
Viva Pelve, Dora Selva.
Foram dois momentos, o primeiro presencialmente na ocasião do Festival Corpos Críticos no Espaço Ápis, o outro online com exibição e performance em tempo real no canal da artista-propositora.
Cheia é uma celebração ao corpo!
ainda tô verde
Esquete que dirigi a partir do texto de Dandara Ribeiro para a ocasião da Ocupação Ovárias, um espaço de experimentação cênica. O tema da experiência profissional ou falta dela norteou a criação de um texto-monólogo íntimo e reflexivo onde fui responsável por conduzir com uma escuta muito ampliada a partir desse olhar de fora em diálogo com a autora-atriz.
exercício m
Exercício em formato de espetáculo de dança contemporânea vinculado ao Núcleo de Formação Continuada (Núcleo 2) ao qual fiz parte de 2012 a 2014 na Escola Livre de Dança da Maré. Ficamos em temporada no Centro de Artes da Maré, circulamos alguns espaços da cidade e fizemos uma apresentação em intercâmbio com a Escola Municipal de Vitry Sur-Seine, França.